Soninha apresenta as linhas gerais do Programa de Governo do PPS para a cidade de São Paulo: mobilidade urbana e reconfiguração do território
Na área da mobilidade: além de mais metrô e corredores, é preciso reorganizar as linhas (senão o corredor vira um congestionamento de ônibus), melhorar a integração entre os vários meios de locomoção (metrô, trem, ônibus, táxi, bicicleta, moto, carro e a pé), melhorar a oferta de transporte à noite e nos fins-de-semana, melhorar o conforto e acessibilidade de veículos, pontos e terminais, para passageiros, cobradores e motoristas; melhorar o controle de pontualidade, velocidade e manutenção; melhorar a informação sobre o sistema (para ninguém ficar 40 minutos no ponto sem nem saber se o ônibus vem ou não).
Também precisamos ampliar o quadro de funcionários da CET e seus recursos tecnológicos; instalar semáforos eletrônicos ou inteligentes e melhorar toda a sinalização; estudar o impacto no trânsito antes de conceder licenças para novos empreendimentos; desestimular o uso de automóveis nas regiões bem-servidas por transporte público; implantar uma política de estacionamento, liberando espaço viário para circulação; melhorar as condições para pedestres (calçadas, passarelas, lombofaixas); criar um sistema cicloviário (condições seguras para circulação e estacionamento de bicicletas); melhorar as condições para motocicletas; investir em educação para motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres.
Mas não adianta tratar a febre, que é o congestionamento, sem tratar a doença. Não adianta melhorar a oferta de transporte e o trânsito se a cidade continuar obrigando milhões de pessoas a fazerem viagens longas todos os dias de casa ao trabalho.
Mobilidade envolve ao menos três fatores: o lugar onde as pessoas estão, para onde vão e como. Melhorar só o “como” é muito pouco – é preciso aproximar casa e trabalho.
Repovoar o centro, usando os instrumentos previstos no Plano Diretor, e promover o desenvolvimento da periferia, incentivando a atividade econômica que gera postos de trabalho e melhorando toda a infra-estrutura urbana e serviços públicos – ruas, calçadas, praças, parques, escolas, quadras e pistas de caminhadas, equipamentos de saúde, bibliotecas, casas de cultura...
Reorganizando a cidade, mudando a configuração do território, você alivia a pressão sobre vários problemas e diminui imediatamente algumas carências. Com distâncias menores, as pessoas podem usar menos meios motorizados para se deslocar; ganham tempo para atividade física, estudo, lazer e convivência com a família; estabelecem relações mais ricas com a vizinhança. Podem dormir mais e melhor. Com menos viagens, o trânsito é aliviado e o transporte coletivo fica menos sobrecarregado. A qualidade do ar melhora porque diminui a emissão de poluentes; também há menos gases de efeito estufa, responsáveis por mudanças climáticas. E menos poluição sonora.
Com a melhor qualidade do ar, há menos necessidade de consultas médicas, atendimentos de emergência e medicamentos. Com menos perda de tempo e irritação no trânsito, as pessoas ficam menos estressadas e agressivas; melhoram as relações humanas e o rendimento no trabalho e estudo. Diminuem as dores de cabeça e de estômago... Como menos sedentarismo e menos estresse, também diminuem os riscos de doenças coronarianas.
Se mais gente puder morar região central, podem-se aproveitar melhor os serviços que já existem ali, como CEIs (creches) e escolas, e reduzir a carência de vagas na periferia. Podem-se desadensar regiões que hoje não têm espaço para áreas verdes e espaços de convivência.
Veja aqui, em vídeo, mais detalhes das propostas de Soninha para a cidade de São Paulo, divididas por diferentes temas.
São Paulo tem jeito, sim! Quem disse que não tem?:o)