No 12º programa, Soninha fala sobre Saúde da Família e atendimentos em mutirão


O mais importante em saúde é promover o bem-estar, o equilíbrio, a felicidade, mas em caso de necessidade a gente precisa ampliar muito o atendimento em saúde bucal, em saúde mental.

Mas a célula do sistema tem de ser o Programa Saúde da Família, porque o médico da família te conhece há muito tempo, sabe quais são os seus hábitos, quem são os seus pais e talvez não precise de uma bateria de exames pra fazer o diagnóstico em caso de problema, porque ele não te conheceu doente em uma consulta de quinze minutos.

Mas se você precisar de um especialista, de um exame diagnóstico, não pode esperar messes pra saber quando será feito o seu ultrassom.

A gente precisa fazer alguns mutirões pra tirar o atraso em determinadas áreas e diagnosticar toda a rede e saber onde falta hospital, onde falta máquina, onde falta manutenção e onde falta mão-de-obra, recursos humanos.

A rede tem que ser toda muito bem integrada: município com estado, UBS com hospital. Você não pode fazer uma consulta na zona norte e um exame na zona leste, não pode sair de uma consulta com uma guia na mão e você tem que descobrir onde é que vai ser feito o seu exame.

As informações sobre o paciente têm de ser integradas e compartilhadas na rede. Então a gente precisa investir mais em informatização e muito mais em humanização, nunca esquecer que está lidando com gente em sofrimento, sentindo dor.

Os médicos, os enfermeiros precisam ter melhores condições de trabalho e precisam se envolver, se reencantar, se interessar pela promoção da qualidade na saúde.
É um problema tão antigo, tão grave, mas tem jeito. Quem disse que não tem?


Veja na íntegra todos os programas já apresentados: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12.