"Pedágio urbano é uma forma de corrigir injustiças", diz Soninha

Da Redação do UOL

Em entrevista ao vivo ao UOL, na manhã desta segunda-feira (4), a vereadora Soninha Francine, 40 anos, candidata a prefeita de São Paulo pelo PPS, em chapa pura, foi questionada pelos internautas sobre sua proposta de implementar pedágio urbano na cidade.

Soninha disse que esse pedágio é uma correção de injustiças "porque todo mundo paga pelo efeito do automóvel na cidade, a construção de vias, os custos da poluição e do estresse". "Quero desestimular o uso de automóveis nas áreas da cidade mais abastecidas pelo transporte público", disse, alegando que há mais carros nas áreas com mais ônibus da cidade.

Ela também criticou o rodízio de caminhões no centro expandido da capital. "O grande culpado pelo congestionamento são os veículos particulares, não são os caminhões", disse.

Saída do PT

Na entrevista, ela também falou que, depois dos últimos quatro anos como vereadora de São Paulo, não pretendia se candidatar em nenhum outro cargo pelo PT. "Foi frustrante romper com o PT, o partido da minha vida inteira. Decidi que queria ser petista com 13, 14 anos", disse.

Soninha foi eleita vereadora em 2004 pelo PT, com 50.989 votos. Em setembro de 2007, Soninha trocou o PT pelo PPS, partido pelo qual sai este ano como candidata a prefeita de São Paulo. "Acho um pouco extravagante sair como candidata a prefeita", comentou.

O PT entrou na Justiça pedindo o mandato da vereadora de volta e Soninha está respondendo no julgamento. "Tenho audiência agora em agosto para explicar as razões da minha saída. Já sei que vai ser uma situação meio bizarra, porque é difícil colocar ideologia no julgamento", antecipa.

Ela comenta que não se arrepende de ter sido petista, "me arrependo de não ter saído do partido antes", diz.

Ciclovia

Uma das propostas ferrenhamente defendida por Soninha é a construção de ciclovias e ciclofaixas, para aliviar os congestionamentos. "Ciclovia não é a principal meta da campanha", diz. No entanto, a candidata diz que quer que as pessoas tenham como circular com a bicicleta na cidade, e que também tenham onde estacionar.

Maconha

Questionada sobre as declarações que deu dizendo que já fumou maconha, Soninha admite que isso pode atrapalhar sua campanha, mas explica que o que defende é a discriminalização. "O fato da maconha ser crime traz mais prejuízos para a sociedade do que o que ela causa para a saúde", disse. "Pior é tentar impedir o comércio de maconha com bala, com tiro".