Veja aqui a íntegra da entrevista.A vereadora e candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, participou de entrevista ao Portal Terra, da internet, na manhã desta quarta-feira (3). Entre vários temas tratados, disse que a cidade precisa de diversas melhorias no transporte e que talvez não consiga fugir (como medida extrema e impopular) do pedágio urbano para desestimular o uso supérfluo do automóvel.
Segundo ela, "somente mais Metrô não é solução para o trânsito, tem de ter mais corredores para ônibus, muitos corredores são congestionamentos de ônibus. Precisa de mais ônibus e Metrô nos fins de semana e de madrugada".
"O espaço viário é raro, é disputado. E na área vip tem de pagar mais do que quem está na arquibancada. O pedágio urbano diminui o congestionamento. (As pessoas) passam a usar o transporte coletivo, ou usam táxi, bicicleta", completou.
Soninha afirmou que é preciso melhorar o conforto do transporte coletivo. "Os terminais precisam ser mais práticos e informativos. É necessário informar que ônibus passa no terminal e onde ele vai. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) precisa ser mais bem aparelhada de recursos humanos e tecnológicos". Soninha também lembrou da necessidade de uma política de estacionamentos.
Segundo a candidata, "a prefeitura precisa permitir que as pessoas voltem a morar na região central, pois a periferia continua inchando. A cidade precisa crescer de novo no centro. Tem até oferta ociosa de escolas públicas no centro. É preciso reduzir as distâncias entre casa-trabalho-saúde-prazer".
Saúde
Soninha defendeu um "mutirão olímpico" para reduzir a defasagem que tem a espera para pequenos exames ou para pequenas cirurgias. "A prefeitura tem de organizar por área, por demanda para fazer exames diagnósticos. A partir disso, precisamos fazer um diagnóstico do que falta em cada ponto da cidade. Às vezes o que falta não é um hospital inteiro. Às vezes tem o hospital, mas falta um departamento."
Ela afirmou que quer ser prefeita porque não se conforma com a situação da cidade e que São Paulo tem problemas inaceitáveis. "Ser prefeita me dará possibilidade de fazer muita coisa. E eu também acho que sou capaz. Sei como a máquina funciona, tenho muita disposição para ouvir as pessoas e admitir o que eu não sei."
Saída do PT
Soninha, que trocou o PT pelo PPS em 2007, disse que aprendeu muitas coisas com o antigo partido. "Claro, tendo algumas críticas também. Algumas vezes ele (PT) foi muito intransigente. 'Sim, só para quando o governo for nosso'."
Ela critica a questão de o partido apostar na visão do "para governar vale todos os tipos de aliança" e na "oposição vale tudo, o importante é prejudicar o governo e mesmo um certo vale tudo em campanha. Como é que a Marta e o (Paulo) Maluf (PP) poderiam estar juntos no segundo turno, se a gente sempre discordou de tudo o que ele (Maluf) e o partido fizeram. O mais importante é que isso não foi considerado um erro, mas sim uma nova posição do partido."
Cidade Limpa
Soninha falou da necessidade de reestudar a Lei Cidade Limpa, que tem como objetivo eliminar a poluição visual em São Paulo e que proíbe todo tipo de publicidade externa, como outdoors, painéis em fachadas de prédios, backlights e frontlights.
"A exploração de publicidade é importante até para o transporte público, e é preciso estudar a reestruração do uso de publicidade sem poluir a cidade."
Soninha disse ainda que o seu grande adversário é o desconhecimento e o desinteresse. "Muitas pessoas não sabem o que eu já fiz."
(Redação Terra)
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