Nosso programa não prevê a construção de Hospitais de forma específica. Há projetos já em andamento na administração municipal - como o do Hospital de Parelheiros, que será construído em um terreno agora ocupado por um Pronto Socorro – aos quais, naturalmente daremos continuidade.
Mas o mais importante é fazer o diagnóstico correto do que falta em cada lugar. Em alguns casos, não é preciso construir um novo hospital – inevitavelmente, um processo demorado – mas equipar melhor as unidades de saúde que já existem e, principalmente, melhorar a integração entre elas (inclusive com a rede estadual).
Por exemplo: existem regiões da cidade em que é não há um setor de neurologia, obrigando as pessoas a longos deslocamentos para seu atendimento. A reforma de um hospital, a aquisição de alguns equipamentos e a contratação de um número relativamente pequeno de pessoas já supriria essa carência. Em outros, o importante é fazer um Pronto-Socorro ou uma UBS. Na cidade toda, há uma carência muito grande de atendimentos em saúde bucal, fisioterapia, saúde mental; precisamos de muito mais CAPS e CAPS-AD (para atendimento em álcool e drogas).
Em alguns casos, o que falta mesmo é contratação de recursos humanos (médicos, enfermeiros, operadores), a instalação de aparelhos ou mesmo a sua manutenção. Se no Hospital do Mandaqui, por exemplo (que é estadual), houver uma máquina de litotripsia extracorpórea, a fila dos atendimentos de casos de cálculo renal seria muito encurtada e a necessidade de internações e cirurgias diminuiria, por permitir o tratamento no estágio inicial do problema.
Existem também casos de hospitais particulares fechados e abandonados cujas instalações talvez possam ser desapropriadas e aproveitadas pela Prefeitura, dispensando uma construção que comece do zero (por exemplo: "Hospital Cristo Rei" - na Conselheiro Carrão e "Hospital da Vila Prudente" - Rua Herwis).
Portanto, nosso foco é identificar precisamente as necessidades e carências do sistema e explorar melhor os serviços que já existem – às vezes, há muita perda de tempo e prolongamento do sofrimento por falta de compartilhamento de agendas e de informações sobre os pacientes.
Além disso, não se pode esquecer que dois investimentos são fundamentais: no PSF - Programa de Saúde da Família (conhecendo o paciente de forma mais aprofundada, o médico da família pode ajudar a prevenir doenças e fazer diagnósticos sem precisar de tantos exames) e em promoção da saúde (saneamento básico, educação, segurança alimentar, melhores condições de trabalho e lazer, qualidade do ar etc.).
Reveja aqui que a Saúde é a maior preocupação de três entre quatro paulistanos e assista a candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, falando sobre o assunto no SPTV, da Rede Globo.